sexta-feira, julho 14, 2006

Cadê Carol, Cadê Carol?

Cadê Carol, cadê Carol?
Nas primeiras festas de aniversário sempre cheias de tios e tias,
Nos primeiros dias de aventura em outros quintais, quartos e salas,
Nas descobertas feitas com tantas primas que a cada ano nasciam,
Me achei, me fiz, me descobri...

Em números de dança apresentados com a Cris,
Telas de cinema e algumas confissões com a Nanda,
Cartas e agendas trocadas com a Lu,
Conversas animadas na ponta da mesa da cozinha com a Dé,
Sentimentos e risadas, o Adi do coração me arrancou,
Com palavras, o Marcílio me desafiou e instigou.

Cadê Carol, cadê Carol?
Em teatros improvisados, me criei atriz,
Em festas à fantasia, em outras me transformei,
Em excursões às raízes do meu pai, me compreendi.

Cadê Carol, cadê Carol?
Estou na alegria,
Estou na união,
Na confusão de abraços e beijos que são dados a cada encontro.
Estou nos olhos de cada um de vocês
Como estive hoje nos olhos do Cial.

Avistei-os, surpresa, num terreno estranho para mim.
Nos seus olhos me encontrei,
Tive o aconchego, a presença e a inspiração de que tanto precisava.
Cadê Carol, cadê Carol?
Estou em busca de mais um encontro, pela vida, com algum de vocês.


* Texto publicado no livro "Revérbero - Etelvina & Marciano - Amantes"
em comemoração aos 60 anos - Bodas de Diamantes - dos meus avós.

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