sexta-feira, julho 28, 2006

RECITAL DE POESIA EM HOMENAGEM A MARIO QUINTANA


O poeta e escritor Mário Quintana completaria 100 anos no próximo dia 30. Para celebrar a data e manter viva a sua escrita, o Café de Deus (cafeteria e livraria) inaugura suas atividades com um recital, dia 29 de julho, a partir das 11 da manhã.
Durante o evento será feita uma breve apresentação da trajetória e importância do escritor para a literatura brasileira. Você está convidado a participar, recitando a sua poesia preferida de Mário Quintana.

CAFÉ DE DEUS
“Com a Fé de Deus, C’o a fé de Deus, Café de Deus”. Assim como seu pai, mineiro de Araguari, o arquiteto/urbanista e proprietário do Café de Deus, Antônio Godoi, vive dizendo esta frase, que abreviada, virou o nome da sua cafeteria na Pampulha.
O local escolhido para montar o empreendimento foi seu próprio projeto arquitetônico, um espaço de convivência chamado ‘Arraial’. “A inspiração para o projeto vem das casas coloniais de nossas cidades históricas como Tiradentes e Ouro Preto. Quando viajei para Trancoso e Arraial D’Ajuda percebi o mesmo estilo, mas com uma abundância de cores exuberantes. Foi o clique que faltava”, completa Antônio. Veja foto ao lado (Autor: Fernando Grilo)
O ‘Arraial’ já possuía lojas de paisagismo, cursos de artes plásticas, escultura e cerâmica, tatuagem e piercing, quando o arquiteto resolveu abrir a cafeteria. “A idéia é formatar todo o local voltado para arte, cultura e lazer. O bairro ainda é carente nesse aspecto”. Também por esse motivo, além de ter livros à venda, o Café de Deus terá uma programação cultural mensal, com temas variados.

Serviço:
Quando: Sábado, dia 29 de julho às 11h
Onde: Café de Deus (Mande um e-mail requisitando o endereço)


OBS: As obras mais importantes de Mário Quintana estarão à venda no local.

ALGUMAS FRASES IMPAGÁVEIS DE MÁRIO QUINTANA
A Arte de Ler
O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria.
A Carta
Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito séria: tinha até ponto-e-vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida.
A Coisa
A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita.
As Indagações
A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.
Contradições...
mas o que eles não sabem levar em conta é que o poeta é uma criatura essencialmente dramática, isto é, contraditória, isto é, verdadeira.E por isso, é que o bom de escrever teatro é que se pode dizer, como toda a sinceridade, as coisas mais opostas.Sim, um autor que nunca se contradiz deve estar mentindo.
Cuidado
A poesia não se entrega a quem a define.
Dos Leitores
Há leitores que acham bom o que a gente escreve. Há outros que sempre acham que poderia ser melhor. Mas, na verdade, até hoje não pude saber qual das duas espécies irrita mais.

Pensamentos extraídos do livro "Do Caderno H", Editora Globo - Porto Alegre, 1973, págs. diversas

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