sexta-feira, julho 21, 2006

VOCÊ É O MUNDO


Se você deseja mudar o mundo, mude você mesmo. Sinto isso tão claramente agora! Sou outra pessoa. A maternidade muda no todo, no profundo, na essência. Nem sempre essa mudança é para melhor, mas no meu caso começo a achar que sim e pressinto que daqui há uns cinco ou dez anos vou ter certeza de que me tornei alguém melhor.
É difícil explicar tal coisa para quem ainda não passou pela experiência de gerar outro ser e depois criá-lo para o mundo. Vou tentar:
Ficamos mais fortes, agüentamos muito mais trabalho no lombo pois precisamos estar bem para lidar com um bebê todos os dias. Eles demandam muito trabalho e ‘engrossam o nosso couro’ pra vida.
Ficamos mais honestas, não temos mais tempo para omitir nossos sentimentos ou ficar com meias verdades. O tempo urge e daqui a pouco o neném vai chorar te chamando.
Vivemos mais, afinal não dormimos tanto. Aproveitamos bem todas as 24 horas do dia. Com o tempo a gente acostuma e sente até um gostinho bom ao ouvir alguém reclamando que não dormiu nada durante a noite e está acabada. Isso pra nós já não é problema sério.
Ficamos mais exigentes, precisamos cuidar da nossa família e de nós mesmas com mais qualidade do que antes. A responsabilidade de educar alguém acaba criando isso em nós com mais força do que nunca.
Só nos importa o que realmente importa: isso quer dizer que não nos abalamos com futilidades mais. Antes de ter filho, se fulana falasse mal do seu cabelo ou fofocasse com ciclana sobre você, era o fim do mundo. Agora você não dá mais ouvidos a churumelas. Simplesmente você está acima disso.
Ficamos mais destemidas, a natureza nos dá isso de presente. É biológico, temos que zelar pela cria. A mulher ganha isso para vida inteira e usa a coragem ‘plus’ que adquiriu todos os dias pra enfrentar os desafios que lhe são impostos.
Sabemos dar valor ao dinheiro que ganhamos. Nada de gastar com bijouterias, roupas caras, sapatos de grife. Isso não importa mais. Aonde isso vai nos levar? Pra quê tanto consumismo? O dinheiro existe para coisas muito maiores e mais urgentes. Isso só vale pra quem não é rica, claro, mas realmente não tenho mais necessidade de ter no armário o último grito da moda.
E, por fim, o mais importante: não nos acomodamos nunca. Os nossos pequenos nos ensinam que precisamos, urgentemente, de nos movermos, nos melhorarmos, nos superarmos. Não aceitaremos mais migalhas, por causa deles. Nunca mais ficaremos estacionados, estáticos. Tá certo, não temos descanso nunca. Só que, tudo que estivermos fazendo, tem que ser o melhor. Por eles.

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