terça-feira, maio 20, 2008

DISCUTINDO A RELAÇÃO



__ Você não escuta o que eu digo!
__ É você que fala demais!
__ Nunca presta atenção em mim
__ Pra você nunca está tudo bem
__ Já fez os consertos que pedi?
__ Nem vi, eu trabalho demais
__ E não me leva mais ao cinema
__ Mas as contas não páram de chegar!
__ Não sobra nem para um jantar?
__ Foi você quem estourou o cartão
__ Comprei roupas pra te agradar
__ Você vive dentro do salão
__ E você na sinuca com o Zé
__ Só faço o que você quer
__ Nunca sei o que você pensa
__ Se eu falo você pira
__ Desliga esse futebol
__ Esquece essa novela
__ Vi você reparando nela
__ Ouvi seu suspiro por ele
__ Você não me ama mais
__ Você me ama demais
__ Espero um carinho que não vem
__ Você sempre com dor de cabeça
__ Desiste fácil demais
__ Não sei nem quando tentar
__ Sua mãe te mima demais
__ Sua mãe não me deixa em paz
__ Quando vamos poder viajar?
__ Tô com fome: o que tem pra jantar?
__ Você não escuta o que eu digo!
__ É você que fala demais!

terça-feira, maio 13, 2008

Onde estou?


Uma série de fatores explicam meu sumiço do blog. Ando trabalhando demais, escrevendo demais. Sou repórter de uma revista que de repente passou de mensal para quinzenal, então estou perdendo os cabelos e o sono com tantas responsabilidades. Vivo de escrever, mas de certa forma isso vem me impedindo de realmente escrever. Não sobram mais palavras, não sobra ânimo, não sobra inspiração. Triste? Sim, muito, mas assim é a vida. Tenho que ganhar meu pão.

Por outro lado, não estou deixando de fazer muitas coisas que gosto muito e que a vida (eu mesma) estava me impedindo de fazer. A primeira delas, a que dei conta mais rapidamente, é aprender uma nova língua. Fucei a internet até achar um francês legítimo que desse aulas particulares perto do meu trabalho. Aí deu pra marcar uma hora antes de chegar na redação. Comecei de quinze em quinze dias e acabo de mudar pra semanal. Estou apaixonada pela língua. Isso me fez aprender mais sobre outra cultura e a minha própria língua.

Outra coisa que demorou a se concretizar foi a minha volta ao ballet clássico. Eu simplesmente deletei da minha cabeça essa minha paixão.

Desde criança eu faço ballet, mas larguei na adolescência, quando já estava fera, sofrendo com os calos da sapatilha de ponta. Foram quase dez anos de dedicação que moldaram parte do que sou hoje, minha educação, disciplina, pontualidade e elegância. Sem falsas modéstias devo minhas formas hoje (já mais arredondadas do que eu queria) à esses anos de treino.

Depois de muita tortura que me submeti em aulas de musculação, spinning, aeróbica, aerodance, jump, esteira, hidroginástica etc etc... que sempre largava depois de dois meses, consegui uma classe para adultos na Cristina Helena (só que as meninas tem no máximo 18 anos então estou pagando o maior mico: elas me acham uma velha coroca).

Fui avaliada pela professora, que foi muito gentil em me aceitar como aluna, vendo minha força de vontade e que meu corpo ainda não se esqueceu completamente do que aprendeu. Só falta recuperar a elasticidade e força nos músculos.

Dançar é bom para a cabeça e para o coração!