quinta-feira, janeiro 31, 2008

E esse português?!

De manhã o Davi deixa cair a tampa do seu copinho. Logo vou pegar pra ele, mas na mesma hora me interrompeu:
__ Deixa que eu pego pra você, mamãe!
__ Ai, filho, que bom, você é tão cavalheiro...
__ Não, não sou cavalheiro!
__ É sim, tão educado, foi logo pegando pra mamãe...
__ Não sou, não! Eu não tenho cavalo...

terça-feira, janeiro 29, 2008

Carta aberta-comentário para Pat

Menina, me identifiquei total com seu post sobre a moçoila que trabalha em seu lar. Foi um alento pra mim saber que não sou implicante, pelo menos não sozinha, hahaha! E que alguém entende as dificuldades que passo. Aliás são muito parecidas, o que infelizmente me convence de vez que isso não tem solução. Não adianta trocar a tal.
Vamos lá comentar algumas coisinhas do seu texto: já tentei cobrar o valor daquilo que a criatura quebrava sem parar: não deu certo! Ela ficou com tanta raiva que não conseguiu trabalhar mais pra mim. E acho que se percebem que ficamos muito alteradas ou chateadas, a tendência é quebrar mais. É uma forma inconsciente delas de nos agredir pelo fato da gente ter tanto e elas tão pouco. Além da situação humilhante de lavar suas coisas, pra algumas pessoas é assim que sentem. Então agora digo: ah, não tem problema, e faço cara de paisagem... Depois grito no travesseiro. rs.
Essa parte da falta de noção na comida e mantimentos, achei muito sério e demanda uma atitude mais firme. Nada de comer minhas guloseimas, não! E se comer leva bronca na certa. Se quiser servir um pratão de comida, comer pão, macarrão etc, ainda vai, tem que se alimentar mesmo, mas o sorvete só se eu oferecer. E falo isso já logo nos primeiros dias para não haver dúvida. Nisso, minha atual é super respeitosa. Mas sinto que ela foi um pouco educada pela família dela e um pouquinho pelo meu jeito de ser. Ela tem que se portar lá na minha casa como eu gostaria e não como ela acha que tem que se portar.
Enfim, quanto à arrumação do jeito delas eu tento insistir, mas acho que nisso a gente tem que passar por cima, não tem jeito. Se ela acha que é o ás da decoração não haverá Cristo algum que a vai convencê-la do contrário. Mas eu sempre comento em tom de brincadeira que ela insiste em colocar as coisas no lugar que ela quer, mas que eu gosto é assim, até ela entender. Uma hora a ficha cai. E sinto que eu sou sempre mais teimosa.
O importante é gostar da pessoa mesmo, de coração. Quando isso acontece fica mais fácil ter paciência de repetir o mesmo pedido um milhão de vezes durante os anos. Ensinar a mesma coisa zilhões de vezes de tempos em tempos. E o mais importante: lembrá-la e lembrar a você mesma que vocês não são amiguinhas. Infelizmente você se tornou a patroa, com as delícias e infinitas agruras todas que esse papel te cabem.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Coisas que você disse e não posso esquecer

Me surpreendo com um abraço forte de urso na minha perna hoje de manhã.
___Humm que delícia, adoro carinho, adoro quando você é carinhoso comigo, meu filho...
___ É que eu tava com 'sadade' mamãe...
A volta das férias é duplamente dura quando se é mãe.

Já no carro, indo levá-lo para a escola paramos um pouco para esperar o papai comprar umas coisinhas na feira da nossa rua. Estavamos escutando a música "Ana Begins" do Counting Crows. Olho para trás e ele sorri pra mim e faz uma carinha linda de apaixonado (que provavelmente ele resolveu copiar de mim). Vira a cabecinha pro lado, fecha os olhinhos e diz:
__ Essa é a música da "amorada".
Sou eu! E sempre serei, já que sem o "n" a palavra se torna moradia e se eterniza em mim.